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A Microsoft tenta justificar a tendência da IA de dar respostas erradas dizendo que elas são “utilmente erradas”.

Na terça-feira, o Google anunciou que estava trazendo a tecnologia de bate-papo com inteligência artificial para o Gmail e o Google Docs, permitindo que ajudasse a redigir e-mails ou documentos. Na quinta-feira, a Microsoft disse que seus populares aplicativos de negócios, como Word e Excel, viriam em breve com a tecnologia semelhante ao ChatGPT, apelidada de Copilot.

Mas, desta vez, a Microsoft está lançando a tecnologia como sendo “utilmente errada”.

Em uma apresentação online sobre os novos recursos do Copilot, os executivos da Microsoft mencionaram a tendência do software de produzir respostas imprecisas, mas apresentaram isso como algo que poderia ser útil. Desde que as pessoas percebam que as respostas do Copilot podem ser descuidadas com os fatos, elas podem editar as imprecisões e enviar seus e-mails ou terminar seus slides de apresentação mais rapidamente.

Por exemplo, se uma pessoa deseja criar um e-mail desejando feliz aniversário a um membro da família, o Copilot ainda pode ser útil, mesmo que apresente a data de nascimento errada. Na visão da Microsoft, o simples fato de a ferramenta gerar texto economizou o tempo de algumas pessoas, portanto, é útil. As pessoas só precisam tomar cuidado extra e garantir que o texto não contenha erros.

Os pesquisadores podem discordar.

De fato, alguns tecnólogos como Noah Giansiracusa e Gary Marcus expressaram a preocupação de que as pessoas possam confiar demais na IA moderna, levando a sério ferramentas de aconselhamento como o ChatGPT presentes quando fazem perguntas sobre saúde, finanças e outros tópicos de alto risco.

Não está claro o quão confiável o Copilot será na prática.

O cientista-chefe da Microsoft e colega técnico, Jaime Teevan, disse que quando o Copilot “erra as coisas, tem vieses ou é mal utilizado”, a Microsoft tem “mitigações em vigor”. Além disso, a Microsoft testará o software inicialmente com apenas 20 clientes corporativos para descobrir como ele funciona no mundo real, explicou ela.

“Vamos cometer erros, mas quando o fizermos, vamos resolvê-los rapidamente”, disse Teevan.

Fonte: CNBC